O projeto "Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental" resulta de uma candidatura apresentada pela Sociedade Portuguesa de Botânica, no âmbito do Aviso-Concurso POSEUR-15-2015-13, para informação e sensibilização dos valores naturais classificados. Com um Custo Total de Investimento de 411.643,82 euros, o projeto conta com um cofinanciamento da parte do Fundo de Coesão de 349.897,25 euros.
O projeto assenta numa parceria entre a Sociedade Portuguesa de Botânica e a Associação Portuguesa de Ciência da Vegetação (PHYTOS), e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P. (ICNF) e visa a colmatação de lacunas de conhecimento relativo à flora vascular nacional, através da recolha e compilação de dados que permitam cartografar a distribuição dos taxa autóctones em Portugal Continental e simultaneamente avaliar o seu estatuto de ameaça através da aplicação dos critérios da International Union for the Conservation of Nature (IUCN). Está em consonância com os objectivos e disposições previstos no Quadro de Ações Prioritárias para a Rede Natura 2000 (PAF), na Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade e no Plano Sectorial para a Rede Natura 2000.
Numa fase preliminar do projeto foram desenvolvidas ações essenciais para o desenvolvimento dos trabalhos e concretização dos objectivos, nomeadamente uma seleção da lista de espécies alvo e a actualização da checklist da flora de Portugal, o que permitiu o desenvolvimento de uma plataforma web de trabalho para a compilação e gestão dos dados e apoio à aplicação dos critérios IUCN. É esta plataforma que está agora disponível em http://listavermelha-flora.pt/
Numa segunda fase terá lugar a recolha e processamento de informação, através de pesquisa em Herbários e recolha bibliográfica e de uma forte componente de prospecção de campo dirigida às espécies alvo previamente priorizadas. Ambas as acções serão imprescindíveis para a colmatação das lacunas de conhecimento relativo à flora vascular nacional, nomeadamente relativas à corologia e ecologia das espécies, e serão realizadas por botânicos experientes em função da sua especialização territorial.
Numa terceira fase, e com base na informação recolhida e pré-existente, será avaliado o estatuto de ameaça das espécies alvo, através da aplicação dos critérios da IUCN, e será elaborada uma listagem do estatuto de ameaça das espécies alvo, dos critérios aplicáveis e sua justificação. Para os taxa classificados nas categorias "Criticamente em perigo" (CR) e "Em perigo" (EN), serão produzidas fichas de espécie, que conterão informação relativa à sua corologia, ecologia, estado de conservação das populações, ameaças e medidas de conservação e gestão, de modo a potenciar esta informação como ferramenta no desenvolvimento e na aplicação de políticas e medidas de conservação.
Conheça todas as candidaturas aprovadas pelo PO SEUR até ao momento no separador Candidaturas - Candidaturas Aprovadas.